Muito já vem sendo discutido sobre o descarte inadequado de medicamentos e suas consequências para o meio ambiente e para o homem. Porém, um outro tópico importante para ser debatido é o descarte das embalagens dos remédios. Você sabia que existem embalagens que devem ser incineradas tal como remédios vencidos? Sabia que existem classes de embalagens diferentes e que cada uma deve ser descartada de formas específicas? Será que fazemos da forma correta? O descarte de embalagens de medicamentos deve seguir uma série de normas e determinações estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de acordo com o tipo de embalagem (primária, secundária ou terciária). Segundo o manual de gerenciamento de RSS da Anvisa, as embalagens primárias, que estão em contato direto com os medicamentos perigosos, podem sofrer contaminação e devem receber o mesmo tratamento das substâncias químicas que as contaminaram, ou seja, devem ser incineradas. Mas será que esse procedimento é correto? Esse subgrupo de embalagem é feito com um material que tem como objetivo aumentar a vida útil do medicamento, sendo majoritariamente de plástico laminado, que geralmente são feitas de PVC, PVDC e alumínio. A partir do momento em que há a incineração desse material, pode haver liberação de substâncias tóxicas derivadas do plástico, assim como a incineração de embalagens de PVC e PVDC (que contêm cloro) acabam por emitir dioxinas, que são substâncias carcinogênicas. Visto que se trata de um protocolo já estabelecido pela ANVISA, a situação se torna ainda mais importante e digna de conversas e debates. Sendo assim, a notícia que trazemos hoje tem como objetivo levar a reflexão sobre a forma que estamos conduzindo as coisas e fazendo com que o descarte de embalagens, como blisters, ganhe um pouco mais importância para que seja possível gerar menos prejuízos a nossa saúde.
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